Dos delitos e das penas
“Na maioria das vezes, deixam os homens os mais importantes assuntos entregues à prudência do momento, ou ao discernimento daqueles cujo interesse é opor-se às leis mais oportunas, as quais, por natureza, tornam universais os seus benefícios e resistem àquela inclinação pela qual tendem a aplicar-se a poucos, colocando separados de uma parte os cumulados de poder e de felicidade, e, de outra, todos os fracos e miseráveis; por isso, somente depois de terem passado por mil erros nas coisas mais essências à vida e à liberdade, depois de se cansarem de suportar os males levados ao extremo, persuadem-se em remediar as desordens que os oprimem e a reconhecer as verdades mais palpáveis que, precisamente por sua simplicidade, passam despercebidas às mentes vulgares não habituadas a analisar os objetos, mas a receber deles as impressões diretas, mais por tradição que por exame.
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Agora, a ordem nos conduziria a examinar e distinguir todas as diferentes espécies de delitos e a maneira de puni-los, se a natureza variável deles, pelas diversas circunstancias da época e dos lugares, não nos obrigasse a uma imensa e tediosa particularização. Bastar-me-á indicar os princípios mais gerais e os erros mais funestos e comuns, para desiludir tanto aqueles que, por mal compreendido amor à liberdade, quisessem introduzir a anarquia, como aqueles que gostariam de submeter os homens a uma disciplina claustral.
Mas, quais serão as penas convenientes a esses delitos? Será a morte uma pena verdadeiramente útil e necessária à segurança e à boa ordem da sociedade?A tortura e os suplícios são justos e alcançam à finalidade a que as leis se propõem? Qual e a melhor maneira de prevenir os delitos? As mesmas penas são igualmente úteis em todos os tempos ? Que influência exercem sobre os costumes? " ( Beccaria)
“Na maioria das vezes, deixam os homens os mais importantes assuntos entregues à prudência do momento, ou ao discernimento daqueles cujo interesse é opor-se às leis mais oportunas, as quais, por natureza, tornam universais os seus benefícios e resistem àquela inclinação pela qual tendem a aplicar-se a poucos, colocando separados de uma parte os cumulados de poder e de felicidade, e, de outra, todos os fracos e miseráveis; por isso, somente depois de terem passado por mil erros nas coisas mais essências à vida e à liberdade, depois de se cansarem de suportar os males levados ao extremo, persuadem-se em remediar as desordens que os oprimem e a reconhecer as verdades mais palpáveis que, precisamente por sua simplicidade, passam despercebidas às mentes vulgares não habituadas a analisar os objetos, mas a receber deles as impressões diretas, mais por tradição que por exame.
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Agora, a ordem nos conduziria a examinar e distinguir todas as diferentes espécies de delitos e a maneira de puni-los, se a natureza variável deles, pelas diversas circunstancias da época e dos lugares, não nos obrigasse a uma imensa e tediosa particularização. Bastar-me-á indicar os princípios mais gerais e os erros mais funestos e comuns, para desiludir tanto aqueles que, por mal compreendido amor à liberdade, quisessem introduzir a anarquia, como aqueles que gostariam de submeter os homens a uma disciplina claustral.
Mas, quais serão as penas convenientes a esses delitos? Será a morte uma pena verdadeiramente útil e necessária à segurança e à boa ordem da sociedade?A tortura e os suplícios são justos e alcançam à finalidade a que as leis se propõem? Qual e a melhor maneira de prevenir os delitos? As mesmas penas são igualmente úteis em todos os tempos ? Que influência exercem sobre os costumes? " ( Beccaria)
2 comentários:
o blog vai abordar assuntos mais complexos e polêmicos agora???
o blog vai abordar o quê a dona dele quiser...
isso aqui ainda não é uma democracia , e tampouco se tornará uma anarquia :D
Bom carnaval!!!!!
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